A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Barretos foi a responsável pelas apurações |
Os trabalhos em campo foram coordenados pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Barretos, responsável pelas apurações, com apoio de agentes de Santa Bárbara d’Oeste e das unidades federativas onde ocorreram as prisões e também do Ceará.
As investigações que levaram à operação tiveram início há dois anos, com a apresentação de um falso boletim de ocorrência de roubo, apresentado por um motorista à empresa proprietária de uma carga de óleo desviada.
Com a descoberta da falsificação, as investigações foram intensificadas, inclusive com o uso de técnicas modernas, e os integrantes da DIG identificaram a existência de um núcleo, integrado por caminhoneiros especializados em desvios de cargas, os quais procuraram diversas delegacias no Estado de São Paulo para comunicar falsos crimes, se colocando como vítimas. Em outros casos, os criminosos falsificavam os boletins de ocorrência para apresentar o documento às empresas vítimas.
O trabalho dos policiais civis permitiu verificar ao menos 74 ocorrências falsas ou que noticiavam falsos roubos, entre os anos de 2019 e 2020, em diversas regiões do território paulista. Somado a isso, foi constatado o envolvimento de aproximadamente 24 motoristas no esquema. Para isso, os suspeitos alternavam os caminhões e priorizavam carga de alimentos e bebidas por serem mais facilmente vendidas no mercado clandestino.
A Operação
Com todas as provas colhidas, a DIG de Barretos conseguiu junto à Justiça mandados de prisões temporárias e de busca e apreensão, que começaram a ser cumpridos hoje (7), nos seguintes municípios: Santa Bárbara D’Oeste (SP), Arapongas (PR), Bela Vista do Paraíso (PR), Rolândia (PR), Apucarana (PR), Londrina (PR), Ibiporã (PR), Mandirituba (PR), São José dos Pinhais (PR), Fazenda Rio Grande (PR), Curitiba (PR), Balsa Nova (PR), Campo Largo (PR), Matinhos (PR), Cruzeiro do Oeste (PR), Fortaleza (CE) e São Luís (MA).
O nome da operação remete à palavra inglesa correspondente a “falso”, em alusão às falsas comunicações de crimes e falsificações de boletins de ocorrência por parte dos investigados. Os trabalhos policiais prosseguem, inclusive para posterior cumprimento das ordens judiciais que ficaram em aberto.
"Essa primeira fase da operação foi importante porque possibilitou a identificação e a expedição de mandados de prisão temporária contra os motoristas envolvidos nesse esquema fraudulento. Ou seja, que, em tese, vendiam as cargas a eles confiadas e noticiavam falsamente a ocorrência de roubo ou falsificavam os boletins de ocorrência. Agora as investigações prosseguem com o objetivo de identificar tanto os receptadores dessas cargas, assim como aqueles que aliciavam o motorista para que ele ingressasse no esquema", destacou o delegado Rafael Faria Domingos, titular da DIG de Barretos.
Fonte: Secretaria de Segurança Pública
Por Nathalia Pagliarini
Foto: Divulgação / Polícia Civil
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