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O movimento é considerado uma resposta paulista à Revolução de 1930 |
O movimento é considerado uma resposta paulista à Revolução de 1930, em que foi extinta a autonomia dos estados para determinar seus representantes, garantida por leis da época. A revolução foi o primeiro grande levante contra a administração federal vigente e o último conflito armado do País.
O estopim para o movimento ocorreu em 23 de maio daquele ano, quando um grupo de estudantes tentou invadir um clube de apoio ao regime ditatorial em protesto contra as intervenções impostas a São Paulo. Tropas getulistas reagiram ao ato e quatro jovens foram brutalmente assassinados: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. As mortes inspiraram a criação do movimento clandestino MMDC, cujo nome faz referência às iniciais dos nomes dos quatro estudantes.
O descontentamento com o governo federal cresceu e a revolução recebeu intenso apoio popular. Mais de 200 mil voluntários lutaram em defesa de São Paulo nos quatro meses de combates. A Força Pública paulista, atual Polícia Militar, esteve à frente da revolta popular e em defesa dos direitos democráticos.
Em 9 de julho, as forças paulistas tomam o Estado e marcham para a Capital (Rio de Janeiro). Em 2 de outubro, na cidade de Cruzeiro, os combatentes foram contidos pelo exército federal.
Embora tenham perdido a luta armada, a Revolução atingiu objetivos políticos dos paulistas. Em 1933 foi nomeado um interventor civil e paulista para o cargo de Governador do Estado de São Paulo e foram realizadas as eleições para a Assembleia Nacional Constituinte. Neste ano também foi criada a Justiça Eleitoral e, pela primeira vez, as mulheres puderam votar em eleições nacionais no Brasil. Em 1934 foi promulgada a nova Constituição Federal.
Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública
Foto: Divulgação / Estudo Prático
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