Morador de Rua é Assassinado e Quatro Pessoas Suspeitas são Presas

O delegado Márcio Acácio Seguesse autuou os envolvidos
 por homicídio qualificado por motivo fútil 
Um morador de rua de 36 anos foi assassinado na noite de sábado (25), em Catanduva. Quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, foram presas suspeitas de terem participado do crime.

Segundo o boletim de ocorrência, por volta das 23h30, a equipe plantonista da Polícia Civil foi chamada pela Polícia Militar para comparecer na rua Ribeirão Preto no bairro Vila Jorge, onde havia sido encontrado um cadáver do sexo masculino, aparentando sinais de violência.

Com a chegada do Instituto de Criminalística (IC) foi verificado que a vítima se encontrava deitada, vestindo bermuda vermelha, blusa azul e com uma camiseta verde enrolada no pescoço, com inúmeros ferimentos no rosto, a qual estaria morta a pouco mais de duas horas.

Ao lado do corpo havia um par de tênis e uma mochila, os quais aparentavam terem sido colocados no local, juntamente com o cadáver.

Policiais civis e militares iniciaram diligências, sendo apurado por meio de testemunhas, que um imóvel localizado ao lado era utilizado por moradores de rua. Após várias tentativas, os moradores da residência suspeita atenderam os chamados.

Na ocasião, um rapaz de 26 e sua companheira de 30, além de outro casal, um homem de 38 anos e sua amásia de 33, permitiram a entrada dos policiais na casa que ocupavam.

“Logo na varanda, após um portão de ferro, foi verificado que havia marcas de sangue pelo chão e parede, bem como, pedaços de madeira quebrados”, diz o delegado Márcio Acácio Seguesse.

Questionados sobre o ocorrido, os quatro suspeitos apresentaram versões conflitantes, até que o homem de 26 anos contou que a vítima seria seu colega, também morador de rua. 

“Em um primeiro momento, os averiguados diziam desconhecer os fatos, porém após a equipe de policiais analisarem as imagens gravadas pelo sistema de segurança de uma empresa localizada do outro lado da rua, foi constatado imagens de dois homens e uma mulher carregando o corpo da vítima até debaixo da árvore e depois depositando uma mochila a seu lado”, comenta o delegado.

Posteriormente, a suspeita de 30 anos confessou que o crime ocorreu no interior da casa, porém imputou a culpa apenas ao homem de 38 anos que, após uma discussão, teria espancado com socos, golpes de pau, além de estrangular o morador de rua com a própria camiseta.

“A mulher ainda disse que os suspeitos teriam arrastaram o corpo até a calçada e ela teria colocado a mochila ao lado do cadáver, versão pouco diferente do homem de 26 anos que disse existir outra pessoa, que ajudou a carregar o corpo, após o averiguado de 38 anos o matar”, explica Seguesse.

A suspeita de 33 anos foi acusada pelos comparsas de ter incentivado o companheiro, no momento das agressões, a matar a vítima.

“Em uma análise preliminar e sumária das imagens gravadas, após o abandono do corpo, apenas um homem sai de foco debaixo da árvore e não retorna, podendo ser outro elemento na cena do crime ou mesmo o averiguado de 38 anos que depois entrou no imóvel por outra passagem, fora da captação das câmeras. Outro fato que chama a nossa atenção é que os suspeitos apresentavam ferimentos nas mãos e estavam com sangue pelo corpo”, diz a autoridade policial.

No Plantão Policial, enquanto era apresentada a ocorrência, o acusado de 38 anos supostamente desmaiou após apresentar agressividade. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) socorreu o suspeito, que foi escoltado por policiais militares até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde se recusou a passar por atendimento médico.

Foram requisitados pelo delegado, exames periciais a todos os envolvidos, bem como coleta de sangue dos suspeitos e do local do crime, para posterior exame de DNA comparativo.

O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para passar por exame necroscópico e posteriormente ser liberado para algum familiar.

Os dois homens e as duas mulheres foram autuados em flagrante pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil, sendo recolhidos na cadeia, onde aguardarão pelo posicionamento da Justiça.

“O empenho dos policiais civis e militares, em um trabalho conjunto, resultou na elucidação do crime e na resposta rápida para a sociedade. O caso continuará sendo investigado”, finaliza Seguesse.

Por Marcelo Ono

Foto: Arquivo / Alta Tensão

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