Polícia Militar Utilizará Drones para Monitoramento e Vigilância

Os aparelhos deverão auxiliar os policiais em missões de
inteligência, manifestações e ações de vigilância
O governo de São Paulo e a Secretaria de Segurança Pública anunciaram na sexta-feira (12), o novo programa Dronepol, que inclui a inserção de drones no sistema para transmissão de imagens em tempo real ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).

O Dronepol é um sistema que possibilita a captação, transmissão, gravação e gerenciamento de imagens de interesse da Segurança Pública, ou seja, monitora, em tempo real, os cenários encontrados durante a execução das atividades de policiamento ostensivo e preventivo.

"Utilizaremos a melhor tecnologia do mundo em drones. Eles serão utilizados para monitoramento, captação e transmissão de imagens para auxiliar as polícias em missões de inteligência, reintegrações de posse, manifestações e ações de vigilância”, explicou o governador João Doria durante o anúncio.

A medida proporciona ao policial uma visão diferente, que ele não teria a olho nu e permite, ainda, que os materiais captados sejam retransmitidos de forma instantânea aos comandos da Polícia Militar, viabilizando melhor análise para estratégia adequada de abordagem e atuação em cada situação.

“A Segurança Pública tem alguns pontos fortes como a valorização das pessoas, emprego da inteligência, emprego da tecnologia e integração. E é exatamente nesse contexto que estamos trabalhando esse projeto grande, um sistema que busca a consciência situacional”, afirmou o general João Camilo Pires de Campos.

A captura e a transmissão das imagens podem ser feitas por via aérea, com a utilização de um helicóptero Águia, e via terrestre, por motocicletas equipadas com o kit tático. Atualmente, há cinco kits, três com transmissão online, sendo dois via internet e um via rádio, e dois em helicópteros Águia.

Para deslocamento rápido, as motocicletas transportam o sistema de transmissão em live streaming. O via rádio é em uma mochila que só pode ser levada em veículos de quatro rodas, já que pesa cerca de 20 quilos. Em helicópteros, a câmera capta a imagem e transmite para o Copom por antena.

“O projeto é centralizado no Comando de Aviação (CAv), mas a condição e decisão operacional sobre o emprego dos drones vai funcionar de forma descentralizada. Cada unidade que possui o equipamento vai fazer o planejamento e aí o CAv vai fazer todos os estudos e controle de tais utilizações”, detalhou o capitão Alex Coschitz Terra, da 3ª Seção do Estado Maior da PM.

O sistema pode ser utilizado em missões de inteligência e operações, monitoramento de grandes eventos, reintegrações de posse, controle de distúrbios civis e manifestações. Já está em funcionamento na Capital e na Grande São Paulo e pode atuar remotamente em casos de necessidade.

"Os drones vão beneficiar todo o sistema da Segurança Pública. O Corpo de Bombeiros em ocorrências de incêndio, a Defesa Civil no monitoramento de áreas de risco e a PM no controle de multidões, gerenciamento de crises, serviços de inteligência e captura de criminosos em fuga", relatou o capitão.

Aquisição de novos drones e requisitos para utilização

A Polícia Militar deve adquirir 208 novos drones, para a implantação do sistema. O valor estimado do investimento é de mais de R$ 6,3 milhões. O processo para as aquisições dos equipamentos deve iniciar ainda no primeiro semestre, por meio da abertura de licitação.

“O programa se amplia a partir de agora, dispensando o uso do nosso sistema de helicópteros que ficam preservados para outras utilizações. O custo operacional para o uso destes drones de alta tecnologia é 140 vezes menor que o custo operacional de um helicóptero Águia", explicou Doria.

Para que a unidade policial possa operar os aparelhos, eles devem estar de acordo com as normas vigentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea).

Além disso, a unidade policial deverá ter um núcleo de operação composto por no mínimo cinco policiais – um oficial até o posto de capitão e quatro praças, com até 20 anos de serviço. Os PMs devem concluir o Curso de Especialização de Operador de RPAS, que é oferecido pelo Comando de Aviação da PM.

O curso tem duração de quatro semanas, totalizando 180 horas/aula. O primeiro curso de 2019 iniciou em 11 de março e foi concluído nesta sexta-feira (5), com uma turma de 30 policiais. Em 2018, foram realizados três cursos, que formaram 75 policiais militares de 15 núcleos operacionais.

Cenário atual

A Polícia Militar conta hoje com 15 núcleos habilitados para operacionalização dos drones, sendo que nove possuem os equipamentos. Do total, dois núcleos estão no interior e litoral sul, o 28º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I), em Andradina, e Comando de Policiamento do Interior 6 (CPI-6), em Santos. Na Capital, cinco unidades da PM contam com os aparelhos. A previsão é que até o final do ano os drones cheguem a 71 núcleos.

Fonte: Secretaria de Segurança Pública / Por: Paula Vieira

Foto: Governo do Estado de São Paulo

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