Veterinária Alerta para Cuidados com Animais com Esporotricose

Melissa Bueno explica que a infeção é direta e 
 causa lesões na cabeça 
Os casos de esporotricose têm aumentado em Catanduva. A informação é da Secretaria de Saúde da cidade, que tem realizado uma busca ativa por animais doentes.

Só nesse começo de ano, a Unidade de Vigilância em Zoonoses mapeou 10 locais onde há colônia de gatos doentes para serem capturados. Do começo de 2023 até agora, 12 animais com suspeita de esporotricose foram recolhidos para exames e tratamento, outros três pets estão em tratamento domiciliar. 

A esporotricose é uma zoonose causada por fungos e que pode afetar pessoas e animais, especialmente gatos. A doença provoca lesões profundas (úlceras) na pele dos felinos e se espalham rapidamente, sendo transmissível entre animais e seres humanos.

Quem explica mais sobre a doença é a médica veterinária integrativa Melissa Bueno, que fala sobre a importância das terapias integrativas no tratamento.

Segundo Melissa, a esporotricose é grave e pode causar uma doença sistêmica, ou seja, em todo o corpo do animal, uma vez que atinge os linfonodos. “Os cães também podem ser infectados, mas em uma escalada menor. São os felinos que, mais comumente, sobem nas árvores e se escondem em locais onde a propagação fungo é maior”, diz.

A infeção é direta e causa lesões grandes na cabeça, no dorso e nas patas, podendo conter líquido e pus. “É transmitida rapidamente para o ser humano. O tratamento é longo e implica no uso de altas doses de antifúngicos”, cita.

Além das medicações alopáticas, existem outras que podem ajudar, como fitoterapias e homeopatias. São terapias integrativas que ajudam o animal doente a se recuperar com mais agilidade, pois ajudam na imunidade e no equilíbrio sistêmico. “Perto da sua casa ou do seu trabalho existem animais doentes, com feridas? Acione o Centro de Zoonoses para que esse animal seja recolhido e tratado. Se o tutor notar que seu gato apresenta uma ferida que não sara, leve-o rapidamente ao veterinário para avaliação e realização de exames, que vão confirmar ou não a doença”, frisa Melissa.

Ela ainda alerta que a esporotricose não é sinônimo de maus-tratos ou abandono aos animais doentes. A doença tem cura. “Não precisa maltratar um gato doente que está na rua. É só acionar o Centro de Zoonoses para tratamento. O tutor também não deve abandoná-lo. Levá-lo ao veterinário”, finaliza.

Fonte/Foto: Livia Gandolfi / Buenas Comunicação


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