Secretaria de Segurança Destaca Importância da Perícia no Combate à Violência

Os peritos trabalham na coleta de vestígios 
 criminais 
Desde 1970, no dia 8 de março é comemorado mundialmente o “Dia Internacional da Mulher”. Intitulado pela Organização das Nações Unidas (ONU) a data simboliza a luta das mulheres por seus direitos e pela garantia de condições sociais igualitárias as dos homens. Embora no decorrer dos anos tenham ocorrido diversas conquistas para a causa feminina, a violência doméstica e o feminicídio ainda perduram sobre elas.

Com intuito de extinguir estas violações, as polícias Civil, Militar e Técnico-Científica trabalham diariamente em políticas de segurança, prevenção e combate às violências praticadas contra as pessoas com identidade de gênero feminino. Atualmente o estado possui 136 especializadas, sendo 10 com atendimento 24h, e a DDM Online, além de serviços como “SOS Mulher” e o “Programa Bem Me Quer” que oferecem amparo às vítimas.

As medidas das forças de segurança para proteção da mulher estão presentes nas ações de campo, desde o atendimento à vítima, identificação do agressor e levantamento de provas para a efetivação de sua prisão e o cumprimento da Justiça. Assim, as atividades desenvolvidas pela Superveniência da Polícia Técnico-Científica, através do Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML), colaboram diretamente no processo.

“É uma triste realidade que a grande maioria dos crimes de violência contra a mulher aconteçam dentro do local onde elas deveriam se sentir mais protegidas: o próprio lar. O papel mais importante da perícia nestes casos é o de materializar a conduta delitiva dos agressores para que sejam afastados de suas vítimas, evitando um feminicídio”, explica a perita criminal Mônica Midori, que atua no Núcleo de Perícias da Capital e Grande São Paulo.

Neste cenário, a perícia criminal é responsável por colher vestígios e registrar qualquer sinal de violência causado ou presente em objetos, móveis, na edificação e, até mesmo, nos demais membros do grupo familiar – através de exame de corpo de delito. Os materiais coletados são encaminhados para análises e em seguida compõem o corpo do Inquérito Policial com intuito de alcançar a materialidade e indícios de autoria de um crime, para efetiva prisão do agressor.

“Nos casos que atendi notei que a agressão física ocorre, na maioria das vezes, após momentos de luta e desordem no local. Evidenciando que na maioria dos casos, episódios de destruição de objetos simbólicos e de valor afetivo para a mulher demonstram a vontade de causar sofrimento à vítima”, completa a policial.

É importante frisar que embora o termo “violência contra a mulher” gere a ideia do contexto físico da agressão, existem outras formas de violação praticadas contra as vítimas, como a psicológica, sexual, moral e patrimonial, sendo de extrema importância sua identificação. As agressões, independentemente de deixarem marcas visíveis ou não, devem ser denunciadas.

Mulheres na perícia criminal

Os peritos visam manter a idoneidade do objeto e 
 garantir a sua origem 
Foi por meio da perícia criminal que a policial Monica Midori, de 40 anos, traçou sua história dentro da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC). Há 4 anos no Instituto de Criminalística (IC), ela atua na Equipe de Perícias de Mogi das Cruzes, do Núcleo de Perícias da Capital e Grande São Paulo, e já periciou diversos casos de repercussão.

“Já participei de processos de perícias de diversos casos de repercussão, como o caso da Escola Raul Brasil em Suzano, de roubos à bancos na região, o assassinato da família de Bolivianos e homicídios envolvendo brigas de torcida de futebol. Sem dúvida, o caso da escola de Suzano foi o mais marcante de todos pelo modo que tudo ocorreu”, destaca a policial.

Os peritos criminais trabalham em conjunto com os fotógrafos técnico na coleta e registro de vestígios criminais. Ao se dirigirem ao local onde o fato ocorreu a equipe mantem tudo no estado em que foi encontrado e, após uma análise da cena, recolhe os materiais de interesse, com uso de EPIs, visando manter a idoneidade do objeto e garantindo a sua origem. Os materiais são imprescindíveis para indicar modos operandi, possíveis armas utilizadas e até mesmo a identificação do autor.

“Ser perita criminal é uma tarefa árdua, porém recompensadora. Eu me sinto realizada nesta profissão e tenho muito orgulho de ser parte do instituto de criminalística, buscando a verdade, reconstruindo as dinâmicas dos eventos e auxiliando a justiça na resolução de crimes”, conclui.

Fonte / Foto: Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública

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